Bolseiros do INABE acusam a direcção da Universidade Metodista de apropriar-se dos remanescentes dos seus subsídios

Fernanda Cutana dos Santos, Tircia Carlos Pedro, Rosa Domingos Alfredo, estudantes do 4º ano do curso de Análises Clínicas e Saúde Pública da Universidade Metodista, viram os seus remanescentes cativos desde que houve o acordo entre o INABE e a universidade.

Desde que houve a pandemia da Covid-19, o Polo da Caop da Universidade Metodista foi extinto e os respectivos estudantes foram obrigados a deslocarem-se ao Polo do Kinaxixi.

Os estudantes da Caop pagavam na altura a propina de 27 mil Kwanzas, diferente da propina do Polo do Kinaxixi. Na altura o Instituto Nacional de Bolsas de Estudo (INABE) depositava os subsídios nas contas pessoais dos beneficiados e o pagamento era semestral.

Dessa forma, restava ainda um remanescente de cerca de 100 mil kz, facto que deixou de existir depois de a referida instituição ter subido os preço, violando assim o acordo que garantia que apesar da transferência para o Polo do Kinaxixi, a propina permaneceria a 27 mil kz.

Rosa Domingos Alfredo reportou ao Na Mira do Crime que “a Universidade está a ser injusta connosco, porque está a roubar os nossos remanescentes; nós fizemos um acordo que teríamos de pagar um valor único, houve uma reunião com todos os bolseiros, mas não nos deixaram falar enquanto estudantes bolseiros”, frisou a estudante.

Tircia Carlos Pedro, estudante do 4º ano, curso de Análises Clínicas e Saúde Pública, lamentou o facto de que os acordos estejam a ser violados.

“Nós fomos obrigados a vir aqui e os nossos valores já não chegam para cobrir os gastos; o INABE dá valores da propina e outros gastos académicos e no ano passado o nosso reembolso foi de 20 mil kz, enquanto que o valor seria de 92 mil kz, é muito lamentável essa situação”.

Fernanda Cutana dos Santos, igualmente estudante do 4º ano do curso de Análises Clínicas e Saúde Pública, referiu que desde Outubro de 2020 que foram transferidos para o Polo do Kinaxixi, as propinas só vêm subindo; “começamos por pagar 27 mil kz, depois 29 mi kz, agora 37 mil kz; há alunos que pagaram as propinas com os seus próprios valores e até hoje não são reembolsados; já houve cinco tentativas para nós avaliarmos a situação com a direcção, mas sem sucesso, constituímos um advogado e até hoje nem água vai nem água vem”, revelou a estudante.

Este jornal teve acesso a carta que foi escrita pelo advogado, mas 40 dias já se passaram e não há qualquer resposta por parte da instituição académica.

O Na Mira do Crime solicitou esclarecimentos à área de bolsas da instituição, tendo recebido informação por parte da secretária, que responde por Francelina Campos, que o reembolso vai ser feito, mas não se sabe quando.

Informações colhidas no local, dão conta que são mais de 40 alunos nessa situação, esperando reaver os seus subsídios de 92 mil kz cada um.

Fonte: Na Mira do Crime

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