PIB de Angola regista pior desempenho desde 2023

No epicentro do tímido crescimento económico, de um lado está o sector petrolífero, tradicionalmente o motor da economia nacional e principal fonte de receitas fiscais e cambiais, que registou um declínio de 8,65%, e, do outro, o sector não petrolífero, que apresentou um crescimento de 3,43%
‎Os dados sobre as Contas Nacionais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE), referentes ao segundo trimestre do ano em curso, dão conta de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,08% em termos homólogos (2T24), embora tenha sofrido uma ligeira retracção de 0,01% em relação ao primeiro trimestre do presente ano.

‎Em termos monetários, o PIB contabilizou AOA 34,57 biliões (US$ 37,91 mil milhões), demonstrando um claro arrefecimento da actividade económica nacional.

‎O desempenho, embora positivo em termos absolutos, representa uma quebra de 5,64 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2024, quando o país havia surpreendido com uma expansão de 6,72%.

‎O desempenho da economia nacional, medido pelo PIB, revelou-se particularmente desfavorável no segundo trimestre do corrente ano, caracterizando-se como o pior resultado desde o quarto trimestre de 2023, período em que se registara uma contracção de 0,77%.

‎O retracto económico do segundo trimestre de 2025 revela uma dinâmica marcada pela forte predominância da agropecuária e silvicultura, sectores que asseguraram 36,67% da participação no PIB, firmando-se como principal motor do desempenho da actividade económica do país.

‎Contudo, o mosaico produtivo apresenta uma estrutura diversificada, onde outros sectores emergem como peças fundamentais na engrenagem económica. O comércio destacou-se com 15,71%. Já a indústria extractiva, historicamente vista como a âncora da economia nacional, registou 12,92% através da extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural.

‎No domínio institucional, a Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória contribuíram com 7,26%, sublinhando o peso do Estado enquanto agente económico. A indústria transformadora foi responsável por 6,73% do PIB. Por sua vez, o segmento de outros serviços alcançou 6,65%.

O Telegrama

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