Nos últimos dias, um caso de fraude imobiliária tem gerado grande preocupação em Luanda. O cidadão Delton Aspirante Cassule tem sido acusado de vender, ilegalmente, terrenos no município de Viana e, em um ato criminoso mais grave, de comercializar os mesmos lotes para múltiplas pessoas. A situação, que já afetou diversas vítimas, tem despertado indignação, principalmente entre os moradores do Zango, que clamam por uma intervenção das autoridades competentes.
Além das fraudes cometidas, surgiram alegações de que Delton Cassule pode estar sendo protegido por membros de várias instituições. Fontes não confirmadas apontam que o acusado teria apoio de figuras dentro do Serviço de Investigação Criminal (SIC), do administrador municipal de Viana e até mesmo da Juíza de Direito, doutora Ana Carina. Essas alegações ainda estão a ser investigadas, mas levantam preocupações sobre possíveis conexões entre o acusado e algumas figuras de autoridade.
Clamor por Ação das Autoridades
Moradores da área afetada denunciam que, apesar de o burlador estar amplamente identificado e localizado, as autoridades locais não têm agido de forma efetiva. Segundo relatos, a Polícia e outros órgãos responsáveis pela intervenção estariam “de mãos atadas”, devido à alegada proteção que Delton Cassule teria por parte de indivíduos influentes. O clamor por ajuda foi feito diretamente ao Governador Provincial de Luanda, com a esperança de que a situação receba a atenção necessária.
A Inspeção Geral da Administração do Estado também tem sido alvo de críticas, com muitos a considerarem a instituição inoperante e desinteressada, principalmente quando se trata de casos que não envolvem grandes somas de dinheiro. Denúncias sugerem que o foco da Inspeção seria direcionado para casos com valor financeiro significativo, o que levanta questionamentos sobre sua imparcialidade e comprometimento com a justiça.
Embora o combate à corrupção tenha sido frequentemente discutido em Angola, a situação envolvendo Delton Cassule levanta a dúvida sobre a eficácia das ações do governo. Especialistas em direito apontam que, caso as acusações contra o acusado se confirmem, ele deveria ser chamado a prestar declarações junto a órgãos de justiça, e um inquérito oficial deveria ser aberto para investigar os responsáveis pela proteção do burlador. A Procuradoria Geral da República e o Conselho Superior da Magistratura Judicial seriam os órgãos responsáveis por uma investigação rigorosa, de modo a garantir que a justiça seja feita.
Embora o trabalho recente dos Serviços de Emigração e Estrangeiros tenha sido considerado positivo, com ações concretas contra corrupção e fraudes, especialistas defendem que o desfecho dos casos deve ser acompanhado de perto pela sociedade, para garantir que não se trate apenas de um “alarido”, mas de uma ação efetiva que leve à responsabilização dos infratores.
A sociedade aguarda uma postura mais ativa das autoridades competentes, com a responsabilização criminal dos envolvidos e, caso as acusações se provem verdadeiras, com a prisão de Delton Aspirante Cassule e a reparação dos danos causados às vítimas. O caso também serve como um alerta sobre a necessidade de um comprometimento mais firme na luta contra a corrupção e as fraudes no país, com ações concretas para garantir a segurança da administração pública e a ordem social.
A comunidade continua a acompanhar de perto os desdobramentos do caso, com a esperança de que as autoridades tomem as medidas necessárias para corrigir a situação e evitar que mais cidadãos sejam prejudicados.
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