CEO do Uber virou motorista do app para entender queda na mão de obra

Após cinco anos no comando do Uber, o CEO da companhia, Dara Khosrowshahi, assumiu o volante de um veículo para transportar pessoas que usavam o aplicativo. De acordo com “Wall Street Journal”, ele usou o pseudônimo “Dave K” e um Tesla Model Y para fazer dezenas de viagens como motorista do aplicativo nos meses seguintes em São Francisco.

A ação foi parte de uma estratégia de um ano do CEO para reinventar a condução no Uber. Ao longo do trajeto, ele lutou para se inscrever como motorista, viu em primeira mão algo chamado gorjeta e foi punido pelo aplicativo por rejeitar viagens. Também ficou surpreendido pela grosseria de alguns usuários, segundo o WSJ.

O trabalho clandestino de Khosrowshahi foi parte de uma campanha dele e de seus assessores para entender e melhorar a experiência do Uber para os motoristas, cuja escassez se tornou um desafio para a empresa após as menores restrições causadas pela pandemia de Covid-19. Isso acabou levando a uma mudança de atitude da empresa, que não era vista como “amiga” do motorista.

A campanha, chamada de Projeto Boomerang, ajudou a moldar o que se tornou uma das maiores reformas dos negócios da Uber desde sua criação, em 2009.

“Acho que a indústria como um todo, até certo ponto, não dá valor aos motoristas”, disse Khosrowshahi em entrevista. Ele não havia dirigido no Uber antes porque não era sua maior prioridade – os motoristas sempre foram abundantes. A escassez de mão de obra, porém, forçou uma introspecção em toda a empresa, disse ele, para “reexaminar cada suposição que fizemos”.

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