Um trabalho elaborado pela redacção do Bola Em Campo revela que uma grande percentagem de jogadores masculinos de várias modalidades desportivas em Angola estão envolvidos em jogos de apostas desportivas, também conhecidos como “jogos de azar”. Esta prática, vulgarmente designada por “bater ficha”, integra o dia a dia de muitos atletas que militam em equipas do campeonato nacional da primeira divisão, o Girabola. Contactando dirigentes e jogadores, constatou-se que muitos tentam a sua sorte nas casas de apostas desportivas mais conhecidas do mercado.
Entre os clubes com maior número de apostadores destacam-se o Carmona Sport Clube do Uíge, Luanda City FC, Académica do Lobito, Isaac de Benguela, São Salvador do Kongo e Guelson FC. Uma fonte anónima esclareceu que «temos aqui mesmo alguns jovens que ganham quando batem ficha. É uma forma também deles mudarem a sua vida com esses jogos. Aliás, eles não são os únicos no mundo; há vários clubes pelo mundo que têm jogadores envolvidos em jogos de azar. É difícil controlar isto, quanto mais em Angola». Este fenómeno acompanha o crescimento do número de casas de apostas no país, sendo a Elephant Bet a mais popular entre os desportistas.
Outra fonte do Bola Em Campo afirmou que alguns jogadores já ganharam valores consideráveis, chegando a facturar até um milhão de kwanzas, e que muitos deles conseguem ganhos regulares, tanto diários como semanais. Num dos testemunhos recolhidos, um atleta confidenciou: «Já ganhei 300 mil, até um milhão de kwanzas. São valores que ajudam de alguma forma. Não sou viciado, jogo dentro da normalidade». Importa ainda referir que esta actividade de apostas desportivas é regulada pelo Instituto de Supervisão de Jogos, órgão dependente do Ministério das Finanças.
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