Grupo Impresa está em “fase avançada de negociações” para vender prédio que serve de sede social ao BPI Imofomento.
O primeiro pagamento seria de 25 milhões de euros a serem pagos no momento da compra do imóvel e o segundo, no valor de 12 milhões de euros, a transferir 48 meses depois da data do negócio, de acordo com a informação transmitida esta tarde, em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão “encontra-se em avançada fase de negociações com a BPI Gestão de Ativos – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo S.A., em representação do fundo
BPI Imofomento – Fundo de Investimento Imobiliário Aberto (fundo) para venda do prédio que serve de sua sede social”, lê-se no documento.
Em causa está um imóvel, designado Edifíci
o Impresa, detido pela subsidiária Impresa Office & Service Share – Gestão de Imóveis e Serviços, na Rua Calvet de Magalhães, pertencente ao município de Oeiras. Após a venda, o prédio passará “a tomar de arrendamento”. Ou seja, a Impresa continuará no local enquanto arrendatária.
A venda deverá estar concluída durante a primeira quinzena de julho. “A concretizar-se, esta transação implicará a amortização antecipada de um financiamento que na presente data ascende a, aproximadamente, 14.900.000 euros e cujo cumprimento está garantido por garantia real constituída sobre o referido imóvel”, explica ainda a Imprensa.
O objetivo de vender a sede era conhecido desde meados de março, quando a Impresa apresentou os resultados financeiros de 2024, um ano que culminou com prejuízos de 66,2 milhões de euros. Além do plano de redução de custos de 10%, que prevê um corte de 16 milhões de euros nos próximos três anos, a Impresa começou a avaliar a venda do edifício para fins de encaixe financeiro. A transação não abrangia os principais ativos da empresa.
Em entrevista ao +M, o presidente executivo da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, garantiu que, após “um triénio negativo”, 2025 seria marcado pelo virar da página. “Daqui a um ano já teremos virado a página. Não tenho dúvidas nenhumas. Estou tranquilo. (…) Como temos um plano, tenho esta confiança“.
Esta não é a primeira vez que a Impresa recorre a operação deste género. Em 2018, vendeu o edifício-sede ao Novobanco e encaixou 24,2 milhões de euros. Quatro anos mais tarde, recomprou-o.
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