Trabalhadores denunciam alegadas irregularidades na empresa TECNAGRI no Cuanza-Norte

NDalatando – Trabalhadores e Jovens da província do Cuanza-Norte manifestaram profundo descontentamento com a conduta do empresário Henriques Gonçalves Simões de Nacionalidade Português proprietário da empresa TECNAGRI, a quem acusam de manter salários em atraso há cerca de 12 meses, apesar de a empresa continuar a desenvolver actividades comerciais no sector agrícola, nomeadamente na venda de tractores, equipamentos e prestação de serviços de mecanização.

Segundo os denunciantes, o empresário tem alegado incapacidade financeira para proceder ao pagamento dos salários em atraso. No entanto, os trabalhadores afirmam que a empresa continua a operar normalmente, realizando vendas, serviços de preparação de terras e mecanização agrícola, o que, no seu entender, contradiz o argumento de falta de recursos financeiros.

As mesmas fontes referem ainda que Henriques Gonçalves Simões terá criado duas estruturas paralelas – uma cooperativa e uma empresa em nome da sua esposa – para onde estariam a ser canalizadas receitas provenientes de operações inicialmente associadas à TECNAGRI. Os trabalhadores suspeitam que esta prática vise contornar obrigações fiscais e contributivas, incluindo o pagamento de impostos e contribuições à Segurança Social.

A juventude do Cuanza-Norte afirma estar “totalmente saturada” com o que considera práticas lesivas dos direitos laborais, sublinhando que comportamentos semelhantes dificilmente seriam tolerados noutros países, nomeadamente em Portugal, país de origem do empresário.

Os denunciantes criticam igualmente o que classificam como inércia das instituições competentes, alegando que o empresário beneficia de uma eventual protecção não claramente identificada, situação que, segundo afirmam, tem permitido a continuidade das práticas denunciadas.

De acordo com os trabalhadores, mais de 120 funcionários encontram-se actualmente em situação de elevada vulnerabilidade social devido aos salários em atraso, o que tem agravado as condições de vida de várias famílias e provocado impacto negativo na economia local.

Perante este cenário, os queixosos apelam às autoridades fiscais, laborais e judiciais para a abertura de uma investigação urgente ao caso, com vista à reposição da legalidade, à defesa dos direitos dos trabalhadores e à salvaguarda da economia nacional.

Club-k.net

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