Longe da privatização, a TAAG encontra-se mergulhada numa situação financeira considerada delicada, exigindo despesas recorrentes dos bolsos dos contribuintes, com os sucessivos prejuízos. Desta vez, no exercício de 2024, os prejuízos aumentaram para 134,212 mil milhões de kwanzas, contra os 90,087 mil milhões do período anterior.
Contas feitas, a operadora perdeu 367 milhões de kwanzas por dia, paradoxalmente em um ano em que houve recuperação de tráfego e de receitas para a indústria aérea a nível mundial.
Com as contas completamente no ‘vermelho’, os capitais próprios caíram em terreno negativo para os 21,436 mil milhões de kwanzas, conforme se lê no relatório publicado apenas na semanada passada, em violação da lei das sociedades comerciais, já que a administração deveria propor ao sócio (Estado) a dissolução ou o aumento do capital, sendo que esta última opção seria efectivada 60 dias após a deliberação.
A primeira opção está, entretanto, longe das perspectivas com a própria administração da empresa a argumentar que, “apesar dos riscos e incertezas existentes no contexto da actividade da empresa, está convicta” da “adopção do pressuposto da continuidade”.
Valor Económico