A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) está no centro de uma polémica financeira após a divulgação dos seus resultados de 2024. Seis membros dos órgãos sociais da instituição reguladora receberam um total de 711 milhões de kwanzas em remunerações, um aumento de 137% em relação ao ano anterior.

O aumento substancial nos salários dos dirigentes contrasta drasticamente com o desempenho financeiro da instituição. No mesmo período, o resultado líquido (lucro) da ARSEG registou uma queda acentuada de 44,73%.

Esta discrepância levanta sérias questões sobre a política de remunerações e a gestão financeira da agência. Enquanto a rentabilidade da instituição caía quase para metade, os salários da sua liderança mais do que duplicaram.

A situação gera um debate sobre a sustentabilidade e os critérios de gestão da ARSEG, uma entidade pública crucial para a supervisão do mercado de seguros em Angola. A discrepância entre os lucros em queda e os salários em forte alta coloca a liderança da agência sob escrutínio público e exige esclarecimentos sobre a alocação dos seus recursos.

Valor Econômico