O professor Bernardo Diavava, conhecido por sua luta incansável por melhorias nas condições das escolas em Angola, foi espancado e expulso da Escola Cheira Coco, onde trabalha. O incidente ocorreu enquanto Diavava filmava as precárias condições da fossa e das casas de banho da instituição, localizada no município de Mulevos, em Luanda.
De acordo com a denúncia apresentada pelo professor, a direção provincial de educação de Luanda suspendeu suas atividades educacionais por tempo indeterminado e o proibiu de entrar na escola. Durante a gravação, o coordenador do turno chamou o chefe de segurança, que agiu de forma violenta, agredindo Diavava com um objeto de madeira.
Em um relato emocional, Diavava expressou sua dor física e preocupação com a saúde dos alunos, mencionando o risco de surtos de cólera devido às condições insalubres. “Fui expulso da escola feito cão. Estou num posto médico chorando não apenas pelas dores no corpo, mas também pelo perigo que meus estudantes enfrentam”, afirmou.
O professor concluiu seu desabafo pedindo ajuda e orações, enfatizando sua determinação em continuar lutando por um futuro melhor para a educação em Angola. “Jamais imaginei que ser professor é viver tamanhas humilhações. Angola é tudo que temos, e nós não vamos desistir de ti”, declarou.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, levantando questões sobre a segurança e o respeito aos direitos dos educadores no país. A comunidade escolar e diversos ativistas estão se mobilizando para apoiar Diavava e exigir melhorias nas condições das escolas.
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