Processo-crime contra líderes das associações de táxis e cidadãos russos acusados de financiamento ao terrorismo continua em instrução da PGR

Os processos-crime contra os líderes das principais associações e cooperativas de táxis, assim como dos dois cidadãos russos detidos em Agosto pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), na sequência dos tumultos de Julho, que causaram pelo menos 29 mortos, mais de 200 feridos e mais de 1500 detenções, continuam em instrução preparatória a nível da Procuradoria-Geral Repúblico (PGR), apurou o Novo Jornal.

Fontes da PGR contaram ao Novo Jornal que o processo esteve prestes a ser concluído, mais a instrução requereu algumas diligências que estão em curso para o completar da instrução, tanto do processo-crime dos responsáveis das associações de táxis, como do processo dos dois cidadãos russos.

No princípio do mês de Agosto, as autoridades policiais detiveram os líderes da Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), da Associação de Taxistas de Angola (ATA), da cooperativa de Táxis Comunitários de Angola (CTCA) e da dos Taxistas e Motociclistas Freitas (CTMF).

No mesmo período foram detidos também dois cidadãos estrangeiros, de nacionalidade russa, de 38 e de 64 anos, assim como um responsável da JURA, braço juvenil da UNITA, e um jornalista de Televisão Pública de Angola (ΤΡΑ).

Os líderes das associações e cooperativas de táxis são acusados dos crimes de associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes, e terrorismo, substanciado em fortes indícios do seu envolvimento na promoção dos actos de vandalismo e arruaça contra bens e serviços públicos e privados, protagonizados no final de Julho, durante a greve dos taxistas.

Já no processo dos cidadãos russos, estes são indiciados dos crimes de associação criminosa, falsificação de documentos, terrorismo e financiamento ao terrorismo, recrutamento e financiamento de cidadãos nacionais para produção de matérias de propaganda e difusão de informações falsas nas redes sociais, assim como de promoção de manifestações e pilhagem.

A greve dos taxistas foi inicialmente convocada por um conjunto de associações com o objectivo de pressionar o Governo a rever a política do preço do combustível, sobretudo o gasóleo que subiu, na altura, de 300 para 400 kz.

Durante os dias de greve, o País registou, para além da paralisação, distúrbios e episódios de vandalismo, que resultaram em 29 mortos, mais de 200 feridos e mais de 1.500 detenções.

Novo Jornal

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