PASTOR DA IGREJA JOSAFAT FAZ SEXO ANAL, ORAL E VAGINAL COM AS FILHAS

Um pastor evangélico identificado como Antonete Victor Armando, de 47 anos, foi detido e encaminhado ao Ministério Público após ser acusado de abuso sexual múltiplo contra duas de suas filhas menores. Os crimes teriam início há pelo menos cinco anos, quando a mais nova tinha apenas 12 anos.

Segundo apurado, o faCto ocorreu na residência localizada atrás do Colégio Eriev, na Comuna do Nova Vida, Bairro por trás da AngoMart do Golfe 2, no Kilamba Kiaxi. A vítima actualmente tem 16 anos, mas os abusos teriam começado em 2021. Antes disso, outra filha, hoje com 23 anos, teria sido também alvo de violência sexual praticada pelo próprio pai, o que resultou no seu afastamento precoce do lar familiar.

A menor relatou, em depoimento às autoridades, que tentou reiteradas vezes denunciar os abusos sofridos. Em um primeiro momento, teria procurado apoio junto à mãe, Rosa Armando, que atualmente reside em Portugal, mas teria enfrentado rejeição e resistência por parte da própria genitora.

Ao compartilhar sua dor com o irmão Aíton Armando, esperava encontrar acolhimento, porém ele teria optado por permanecer calado, sob justificativa de preservar a “honra” da família e a imagem pública do pai, líder religioso.

A irmã mais velha, que já havia sofrido os mesmos abusos durante sua infância, tornou-se a única figura de apoio à jovem. Segundo relatos, foi ela quem incentivou a irmã a buscar ajuda fora do ambiente doméstico.

Após várias tentativas frustradas de obter suporte dentro da própria casa, a adolescente conseguiu contacto com uma pessoa de confiança, que ajudou a montar um esquema seguro para apresentação da denúncia formal. Inicialmente, a denúncia foi feita via CISPI (Centro Integrado de Protecção à Criança em Situação de Risco). No entanto, a jovem teria sido coagida e ameaçada pelo irmão, sendo pressionada a negar os fatos perante a polícia.

Mesmo diante da pressão, a denunciante anônima persistiu e redirecionou a denúncia ao SOS-Criança, órgão responsável pela retirada imediata da menor da residência e sua inclusão num programa de proteção social.

Durante as investigações, foram descobertos diversos indícios de um comportamento perverso e controlador por parte do pastor:

– Possui cinco filhos, nenhum cursa estudos regulares;

– As crianças têm zero contacto com familiares extensos, tanto do lado paterno quanto materno;

– O acusado cria cães de raça nos arredores da residência, possivelmente como forma de vigiar e impedir aproximações indesejadas;

– Na residência foram encontrados objectos suspeitos durante busca realizada por autoridades:

– Um aparelho de choque;

– Uma mega faca;

– Um mecachico (instrumento usado para tortura ou contenção);

 

Além disso, segundo testemunhos colhidos, o quarto do pastor era decorado com garrafas de bebidas alcoólicas, contrastando com o perfil de homem religioso.

Fiscais e assistentes sociais que acompanharam o caso passaram a suspeitar da existência de um pacto de conivência entre o casal e o filho Aíton Armando, que teria atuado como intermediário e agente de controle sobre as outras crianças.

A mãe, que reside em Portugal, teria inicialmente o objectivo de levar todos os filhos e o marido para o exterior, alegadamente para facilitar a continuidade das práticas ilícitas longe de olhares curiosos. Contudo, o plano teria fracassado, e desde então ela se encontra distante, mas com fortes suspeitas de conivência com o marido.

O pastor era líder da Igreja Josafat, situada no Camama, e durante as investigações surgiram rumores de que teria cometido práticas similares inclusive dentro do ambiente religioso. Fiéis anônimos relataram ao Luanda Sul Line que a igreja está passando por um processo de reestruturação interna, visando “desfazer possíveis laços espirituais” decorrentes do escândalo.

Como resultado, Antonete Victor Armando foi afastado da liderança religiosa e encontra-se actualmente detido na esquadra do Calemba 2, onde foi submetido a avaliação médica. Contrariamente ao que alegava  de possuir problemas cardíacos e utilizar um stent, exames realizados pelos enfermeiros da unidade constataram que o acusado não possui qualquer problema físico grave, revelando-se um artifício para manipular e intimidar a família.

Ele já foi encaminhado ao Ministério Público e será transferido para a Comarca, onde responderá judicialmente pelos crimes de violação sexual de menores, corrupção de menores, maus-tratos psicológicos e físicos, além de outros delitos relacionados ao contexto abusivo vivido pelas vítimas.

A menor de 16 anos encontra-se sob proteção social e reside atualmente com familiares da mãe. Seu estado emocional e psicológico está sendo acompanhado por profissionais especializados.

https://luandasulline.online/

Voltar ao topo