O Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, está envolvido em mais um escândalo de gestão pública, depois de vir a público que a sua recente viagem a Genebra (Suíça) foi realizada num jato privado alugado com recursos da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA) empresa pública tutelada pelo próprio Ministério dos Transportes (MINTRANS).
A deslocação, justificada como missão oficial para participar numa mesa-redonda da UNCTAD, no Palais des Nations, levantou sérias dúvidas sobre o uso indevido de fundos públicos e a falta de transparência na gestão financeira do setor.
Fontes internas do Ministério, ouvidas pelo Agita News, asseguram que o recurso a verbas da SGA para financiar deslocações e despesas ministeriais é uma prática recorrente, usada como “caixa paralela” para contornar limites orçamentais.
Especialistas em direito administrativo apontam que o caso pode configurar abuso de poder, gestão danosa e participação económica em negócio, infrações passíveis de responsabilização política e criminal.
O episódio já provoca tensão no seio do Executivo, com alguns dirigentes a questionarem a falta de controlo e supervisão sobre as empresas públicas do setor dos transportes, cada vez mais associadas a gastos supérfluos e práticas de gestão opacas.
Enquanto isso, o Agita News continuará a acompanhar o caso e promete revelar novos detalhes sobre a utilização de fundos da SGA em viagens e despesas que nada têm a ver com o interesse público.
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