O Tribunal da Comarca de Viana iniciou, no dia 08 de junho, o julgamento do diretor do Jornal Na Mira do Crime, que enfrenta acusações de difamação e calúnia. O caso remonta a uma matéria publicada em 2020, que noticiava a detenção de Gelson Brás, um funcionário da Presidência da República, acusado de violação de menor e cárcere privado. A vítima, Lusineide Freitas, tinha apenas 13 anos na época e residia no Zango 3.
O desdobramento da denúncia começou quando a mãe da adolescente procurou o jornal e a Rádio Luanda para relatar os crimes. O caso passou pelo Ministério Público e seguiu para o tribunal. No entanto, após mais de cinco anos, o processo de Gelson Brás desapareceu dos registros, gerando preocupação e indignação.
Após intensas batalhas jurídicas por parte do grupo de advogados do Na Mira do Crime, o processo foi finalmente localizado. Contudo, a situação se torna ainda mais complexa: o jornalista está sendo julgado paralelamente ao ofensor, ambos no mesmo tribunal e na mesma seção, enquanto o caso do funcionário da Presidência permanece engavetado.
A próxima audiência está agendada para o dia 08 de julho, sob a presidência da juíza Elsa Montenegro. Este caso levanta importantes questões sobre liberdade de imprensa, justiça e a proteção das vítimas em situações de abuso. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos desse polêmico processo.
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