O antigo presidente do Tribunal Supremo de Angola, Joel Leonardo, está no centro de uma controvérsia relacionada com a funcionária Érika Alexandra Maneco Peixoto Octávio, recentemente afastada do cargo de Chefe do Departamento de Recursos Humanos do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ). Fontes próximas indicam que Leonardo estaria a exigir exames de DNA para esclarecer a paternidade de uma criança atribuída a Érika Peixoto, com quem mantinha uma relação pessoal amplamente comentada nos bastidores da magistratura.
A situação ganhou destaque após o afastamento de Érika Peixoto, que, segundo familiares, contraiu matrimónio com outro homem, distanciando-se de qualquer vínculo com Leonardo. Mãe de cinco filhos, ela teve uma nova criança, cuja paternidade é contestada pelo ex-presidente do Supremo.
Aparentemente pressionado em casa pelas esposas oficiais, Joel Leonardo estaria a reivindicar exames de DNA para o desfecho do assunto. “Ele pretende provar à esposa que esta última criança de Érika nada tem a ver com a sua pessoa”, disse uma fonte ao Club-K.
A relação entre ambos já havia gerado atenção pública, especialmente após alegações de favorecimento funcional e atribuição de bens, incluindo um apartamento originalmente destinado a outro magistrado.
Érika Alexandra Maneco Peixoto Octávio tornou-se figura influente na magistratura angolana ao tempo em que ocupava um cargo de direção no Tribunal Supremo. Por alegada pressão da esposa de Joel Leonardo, que tinha ciúmes da mesma, Érika foi transferida para o CSMJ, ficando responsável pela área dos recursos humanos. Foi neste cargo que ela ajudou Joel Leonardo a colocar vários familiares e filhos nas folhas de salários do Tribunal Supremo.
A atenção que Joel Leonardo prestava a Érika Peixoto foi acentuada em janeiro de 2024, quando o mesmo retirou de forma ilegal o apartamento do juiz desembargador João António Francisco, localizado nas Torres da Cidadela, para o entregar a Érica Otávio Peixoto, funcionária do Conselho Superior da Magistratura Judicial. O imóvel, originalmente destinado apenas a juízes e entregue ao magistrado pelo Ministério das Finanças através do ofício n.º 032/DNPE/2020, foi alvo de uma ordem de desocupação emitida pelo Secretário-Geral do Tribunal Supremo, Altino Kapalakayela, em agosto de 2023.
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