Luanda – O Presidente em exercício da União Africana e de Angola, João Lourenço, defendeu, na capital belga, a mobilização de 9 mil milhões de dólares para vacinar 500 milhões de crianças e salvar mais de oito milhões de pessoas.
João Lourenço, que discursava nesta quarta-feira na reunião da Aliança Global de Vacinas, também enfatizou que a África precisa de ‘know how’ para ser autónoma na produção de vacinas feitas por africanos, para o continente e o mundo.
Ao intervir nesta quarta-feira, 25 de Junho, num encontro da Aliança Global de Vacinas (GAVI), em Bruxelas, na Bélgica, o chefe de Estado angolano destacou o contributo e o papel da instituição na prevenção e no combate às doenças no mundo.
João Lourenço afirmou que África está pronta para ser co-autora da era da imunização global, mas, para isso, defendeu a necessidade de apoio para a sua autonomia na produção de vacinas.
“A África está pronta para ser co-autora da nova era da imunização global. Queremos mais equidade, mais voz, mais autonomia. Queremos transferência de tecnologia, parcerias bilaterais estratégicas, capacitação científica da nossa juventude, queremos vacinas acessíveis, feitas por africanos, para africanos e para o mundo”, apelou o Presidente angolano.
O também líder da União Africana enfatizou a importância de mobilizar 9 mil milhões de dólares para salvar milhões de famílias e apelou à comunidade internacional a juntar-se à causa da Aliança Global de Vacinas.
“Hoje a GAVI precisa de nós, a meta é ambiciosa e absolutamente inadiável. Trata-se de mobilizar 9 mil milhões de dólares para o período de 2026 a 2030. Com esse financiamento, será possível que a GAVI apoie a vacinação de 500 milhões de crianças e salve entre 8 a 9 milhões de vidas. África está unida e comprometida com essa causa. Pedimos à comunidade internacional que também se comprometa, porque vacinar uma criança não é apenas proteger uma vida, é proteger o futuro através de uma segurança sanitária global”, ressaltou.
O Presidente João Lourenço reconheceu que, de 2021 a 2025, a GAVI canalizou mais de 5 mil milhões de dólares para África, permitindo que mais de 20 países africanos de baixa renda tivessem acesso às novas vacinas.
RFI