A Comissão de Gestão do Grupo Media Nova (GMN) manifestou forte indignação face à notícia publicada pelo Imparcial Press, no passado dia 14 de Junho, e anunciou que está a preparar uma queixa formal por difamação contra a direcção deste jornal, que poderá ser remetida às autoridades judiciais competentes nos próximos dias.
Em comunicado remetido à nossa redacção, datado de 16 de Junho, o GMN classificou como “difamatória”, “flagrantemente falsa” e motivada por “má-fé” a reportagem que acusa o grupo de ter retido, durante vários anos, os descontos salariais dos trabalhadores sem os entregar ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
A reportagem em causa inicialmente divulgada pelo jornal Pungo a Ndongo alega que o Grupo Media Nova, anteriormente um dos principais conglomerados de comunicação social do país, terá falhado de forma prolongada o pagamento das contribuições à Segurança Social, apesar de ter efetuado os respectivos descontos nos salários dos trabalhadores.
A denúncia terá tido origem em antigos funcionários da empresa, alguns dos quais em funções desde 2008 e desligados do grupo em 2024. Segundo estas fontes, os extratos emitidos pelo INSS evidenciam dívidas acumuladas em alguns casos por mais de oito anos.
Em resposta, a administração atual do GMN esclarece que desde a reversão do grupo para o domínio do Estado, em 2020, todas as obrigações sociais têm sido integralmente cumpridas, e que eventuais dívidas anteriores à intervenção estatal foram legalmente assumidas pelos antigos acionistas, conforme um acordo de recuperação de activos homologado pelo Tribunal Provincial de Luanda.
A Comissão de Gestão considera que a notícia publicada pelo Imparcial Press teve como objectivo “manchar o bom nome do grupo” e alerta para o impacto negativo de práticas jornalísticas que ignoram o contraditório e compromissos éticos essenciais.
Imparcial press