Filho de juiz do Tribunal de Contas de Angola sequestrado e roubado por gangue armado em Lisboa

O filho de um juiz do Tribunal de Contas de Angola foi vítima de um violento sequestro e assalto à mão armada, ocorrido na noite de terça-feira, 8 de Julho, em Lisboa.

O ataque aconteceu num apartamento situado nas imediações do Estádio da Luz e do Hospital Lusíadas, uma zona de elevado padrão residencial da capital portuguesa.

De acordo com informações apuradas junto de fontes policiais, cinco homens armados, munidos de shotguns e outras armas de fogo, invadiram o edifício residencial e dirigiram-se diretamente ao apartamento onde se encontrava o filho do magistrado, acompanhado da namorada e três amigos, todos de nacionalidade angolana.

O grupo criminoso terá aguardado do lado de fora do edifício até que um dos jovens amigos da vítima chegasse. Aproveitando o momento em que a porta automática ainda estava aberta, os assaltantes entraram no prédio e subiram ao quarto andar, onde forçaram a entrada no apartamento.

No interior, os cinco jovens foram ameaçados sob a mira das armas e obrigados a entregar dinheiro e bens de valor. Os assaltantes apoderaram-se de aproximadamente 4800 dólares (cerca de 4100 euros) em numerário, além de joias.

Antes de abandonar o local, os criminosos deixaram ameaças de represálias caso o crime fosse denunciado às autoridades.

As cinco vítimas foram amarradas com abraçadeiras plásticas às cadeiras e deixadas presas no interior da habitação. Foi nessa condição que foram encontradas pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

Após o assalto, o gangue dirigiu-se à garagem do edifício, onde, utilizando as chaves furtadas, fugiu com o carro de uma das vítimas. A Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária está agora a investigar o caso.

As autoridades acreditam que o ataque foi deliberadamente dirigido àquele
apartamento e que os assaltantes tinham conhecimento prévio sobre quem
residia no local. Embora os criminosos tenham falado com sotaque, a PJ ainda
não confirmou se os autores do crime são estrangeiros.

O edifício onde ocorreu o assalto é equipado com porta de segurança e fecho automático, mas isso não impediu a entrada dos atacantes, o que levanta questões sobre a eficácia das medidas de segurança e vigilância no local.

Até ao momento, nenhum dos envolvidos ficou ferido, mas o caso está a gerar preocupação entre membros da comunidade angolana residente em Portugal, sobretudo pela sofisticação e ousadia da acção criminosa.

As autoridades portuguesas seguem com as diligências para localizar e identificar os autores do crime, que permanece sem detenções.

Imparcial Press

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