Detentor de dupla nacionalidade, angolana e portuguesa, Fernando Teles é o segundo maior accionista do Banco BIC, com 37,5 por cento das acções.
No banquete que assinalou os 22 anos de existência do banco por si fundado, além de anunciar a partilha de dividendos com os trabalhadores, Teles não economizou nas palavras e atacou de forma viril o governo.
“O país precisa de quem invista para que as coisas funcionem. Ultrapassamos os 2000 trabalhadores, estamos em todo o país e aquilo que está acontecer conosco não deveria estar acontecer”.
Segundo Fernando Teles, o seu banco está a ser preterido em muitas operações que são realizadas através do Ministério das Finanças e do Banco Nacional de Angola.
“É uma vergonha aquilo que está acontecer. O maior banco do país em termos de agências e em número de trabalhadores não pode ter este tratamento. A não ser que querem afundar o país. Se querem destruir o país, estão no bom caminho. É basta destruir as boas empresas”, lamentou.
De acordo com Fernando Teles, maior parte dos accionistas, não tem culpa que haja uma accionista que tenha problemas com a justiça. m/…/antiga-pca-do-tanco-bic-desabafa-em-2022-tui-exonerada
Para o banqueiro, são os trabalhadores que estão a ser prejudicados com “esta treta, com esta política que está a ser seguida. Não é possível preterir um banco em favor de bancos que não têm agências nas províncias. É importante que as pessoas tenham consciência disso. Ainda não começamos a despedir trabalhadores, mas já estamos a fechar agências. E se continuarem por este caminho em que nos estão a atrofiar, alguns de vocês vão ter que ir para a rua”, ameaçou.
Luanda Post