Uma investigação exclusiva revelou um esquema de corrupção e branqueamento de capitais que coloca Gianni Martins, filho do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, no centro de uma polémica de desvio de fundos públicos e enriquecimento ilícito.
Segundo fontes próximas aos órgãos de inspeção financeira, Gianni Martins é suspeito de utilizar a sua influência e proximidade com a cúpula da petrolífera estatal para drenar milhões de dólares destinados a projetos de infraestrutura e desenvolvimento do setor energético.
O “Caminho do Dinheiro”: Do Petróleo ao Relvado
O que mais choca os investigadores não é apenas a magnitude do desvio, mas o destino final de parte considerável dos ativos. O relatório indica que o dinheiro subtraído da Sonangol foi massivamente investido no Sporting Clube de Luanda.
As suspeitas apontam para:
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Financiamento Opaco: Injeções de capital sem origem justificada para a modernização do clube e contratações de luxo.
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Esbanjamento Ostensivo: Gianni Martins tem atraído a atenção das autoridades pelo estilo de vida luxuoso, incluindo a aquisição de imóveis de alto padrão no exterior e viaturas de luxo, tudo alegadamente sustentado pelo erário público.
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Lavagem de Dinheiro: O uso de instituições desportivas como fachada para integrar capitais ilícitos na economia formal.
Reações e Consequências
A notícia caiu como uma bomba nos círculos políticos de Luanda. Grupos da sociedade civil já exigem a demissão imediata do PCA da Sonangol para que as investigações decorram sem interferências. “Não se trata apenas de má gestão; trata-se de um assalto aos recursos que deveriam servir o povo angolano para alimentar o ego e os hobbies de uma elite privilegiada”, afirmou um analista económico local.
Até ao momento, nem Gianni Martins nem a direção da Sonangol emitiram um comunicado oficial sobre as graves acusações. O Sporting de Luanda também se mantém em silêncio, embora documentos internos estejam a ser auditados por peritos criminais.
