Embaixada de Angola nos EUA diz que há aquele País muitos cidadãos com passaporte de Angola, mas que não são angolanos

A Embaixada de Angola nos Estados Unidos da América (EUA), denúncia a existência de muitos cidadãos de outros nacionalidades, africana, de estarem a usar o passaporte de Angola, mais que na verdade não são angolanos e pede a apela as autoridades em Angola para terem atenção na atribuição de B.I. e passaporte.

Segundo o embaixador Agostinho Van-Dúnem, há muitos cidadãos detidos nas cadeias dos EUA, que têm passaporte angolano, mas que verdadeiramente não são de cidadãos de Angola.

Este dado foi confirmado ao Novo Jornal por vários cidadãos angolanos, na França e Bélgica, que se dizem surpreendidos com muitos cidadãos de outras nacionalidades africanas, sobretudo a congolesa, que fazem o uso de passaporte angolano.

Uma cidadã congolesa, em Luanda, confidenciou ao Novo Jornal, que muitos dos seus conterrâneos entram para Angola, conseguem documentos angolanos e vão para os EUA, como de angolanos se tratassem.

Ao Novo Jornal descreveu, que como congoleses não conseguem viajar para os EUA e em muitos países europeus.

Questionado como conseguem o passaporte, assegura ser por via normal, atendendo ao facto de conseguirem, por intermédios da “candônga”, o B.I, que do acesso a outros documentos.

Ao Novo Jornal, um cidadão angolano que reside em Lemon, na França, contou que reparte a sua residência com o cidadão congolês, que diz ser do Rocha Pinto, Luanda, mas que nada sobre Luanda nem de Angola, que não fala sequer português, mas tem o passaporte igual o seu, o da República de Angola.

Segundo este interlocutor angolano, há em França, e um pouco por toda a Europa, muitos estrangeiros africanos com passaportes angolanos.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola, em Washington, no fim-de-semana, o embaixador Agostinho Van-Dúnem afirmou que “há nos EUA muitos cidadãos com passaportes de Angola, mas que não são angolanos”.

Segundo o embaixador, muitos dos cidadãos presos e que estão na lista para serem para deportados para Angola têm passaporte angolano, mas não são verdadeiramente cidadãos nacionais.

O embaixador diz ser importante as autoridades no território nacional adoptarem medidas de segurança mais eficientes de atribuição de documentos de identidade.

“O facto é que alguns cidadãos de outros países conseguem o passaporte angolano e fazem a migração de modo ilegal, e aqui ficam depois com problemas. A questão central é como é que esses cidadãos têm cédulas e BI, para depois tratarem o passaporte”, contou

Segundo o diplomata angolano, essa fragilidade é um dos elementos que o EUA espera que Angola resolva com urgência, de modo a evitar estar na lista dos cidadãos que já não têm acesso aos EUA.

O embaixador explicou que as autoridades dos EUA já repatriarem 20 angolanos, este ano, e que novos casos de repatriamentos estão em análise.

No mês de Agosto, como noticiou o Novo Jornal, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou duas redes criminosas que se dedicavam à falsificação de Bilhetes de Identidade, assentos e boletins de nascimento, nas províncias de Luanda e Lunda-Norte.

Segundo o SIC, do esquema faziam parte dois funcionários do Ministério da justiça, já detidos, pertencentes à Loja de Registos dos Combatentes.

Em posse da rede foram encontrados mais de 100 documentos de base para a emissão de BI, como pré-registos, assentos e boletins de nascimento, bem como dezenas de cópias de Bilhetes de Identidade de pessoas que solicitaram os serviços destes falsários.

Ainda em Luanda, a Polícia Nacional desmantelou, no município do Kilamba Kiaxi, outra rede que falsificava assentos de nascimento e BI, para atribuir a nacionalidade angolana aos cidadãos da República Democrática do Congo (RDC).

Para a emissão destes documentos, os indivíduos cobravam entre 40 a 50 mil kwanzas, de acordo com o porta-voz da Direcção de Investigação e Ilícitos Penais (DIIP), Quintino Ferreira”

NJ

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