Denúncia Pública: Rede Mafiosa por trás da Sonangol EP

Em um gesto corajoso, os ex-trabalhadores da Sonangol EP, demitidos de maneira injusta, decidiram fazer uma denúncia pública contra o que chamam de “rede mafiosa” que opera dentro da empresa. A declaração foi feita em uma coletiva, onde os ex-empregados expressaram sua indignação e reivindicaram a reparação de seus direitos trabalhistas.

Os demitidos, que participaram da Sonangol EP por mais de 25 anos, afirmam que suas manifestações não têm relação com questões políticas, mas são, sim, um clamor por justiça. A liderança da suposta máfia é identificada como pertencente ao Departamento de Recursos Humanos, sob a responsabilidade da Sra. Aurora Cardoso, que é acusada de exercer mais poder que o próprio Presidente da Sonangol EP, o Engenheiro Sebastião Martins.

“Estamos sendo tratados como mentirosos por instituições que deveriam nos ajudar. Ao contrário de receber apoio, somos ridicularizados,” afirmaram durante a coletiva. Eles relataram ser constantemente ignorados por autoridades locais, que, segundo eles, têm vínculos estreitos com a Sonangol, deslegitimando suas denúncias.

Os ex-trabalhadores revelaram que a Sonangol EP contratou duas empresas, incluindo a **Tecsteel Workforce, Lda**, para preencher as vagas que antes ocupavam. Através desse processo, novos trabalhadores estão sendo recrutados sob critérios que os demitidos afirmam ter ignorado suas habilidades e experiência, adquiridas durante décadas de trabalho na empresa.

“Não exigimos luxo, apenas o direito de retornar aos nossos postos de trabalho,” insistiram os ex-colaboradores, destacando que muitos deles começaram sua jornada profissional com 17 e 18 anos. “Agora, somos uma força de trabalho cansada, mas ainda disposta a contribuir,” ressaltaram.

A situação se torna ainda mais preocupante com a revelação de que houve um suposto saque de 27 bilhões de kwanzas nas contas da Sonangol EP, destinado a indenizações aos demitidos. No entanto, segundo os trabalhadores, apenas salários atrasados foram pagos, e a verdadeira ajuda ainda é um sonho distante.

Os ex-trabalhadores não apenas clamam por ajuda, mas também pedem um posicionamento ativo do governo, lembrando a figura do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, e outros líderes políticos, insinuando que o futuro dos angolanos no setor petrolífero pode estar em risco se a situação não for resolvida.

“Estamos esperando que se apresente uma solução. A dignidade do trabalhador deve ser respeitada, e não podemos nos conformar diante da injustiça,” finalizaram. A esperança agora reside nas mãos das autoridades competentes, que precisam agir rapidamente para restaurar a fé na justiça e na equidade laboral em Angola.

Lil Pasta News 

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