O jornalista e analista político Coque Mukuta lançou duras críticas ao Presidente da República, João Lourenço, acusando-o de alegadamente proteger membros do seu gabinete que enfrentam denúncias de corrupção. A declaração surge na sequência de novas acusações que pesam sobre o Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reacendendo o debate sobre a transparência e a luta contra a corrupção no país.

Mukuta expressou a sua preocupação com o que descreve como uma aparente inação ou proteção por parte da Presidência em relação a figuras proeminentes do governo envolvidas em esquemas ilícitos. Esta postura, segundo o jornalista, mina a credibilidade do discurso anticorrupção que tem sido uma das bandeiras da administração de João Lourenço.

As recentes denúncias contra José de Lima Massano, embora não detalhadas publicamente no momento da crítica, serviram como um catalisador para a manifestação de Mukuta. Para ele e outros analistas, este caso ilustra uma persistente “morosidade e seletividade da justiça angolana”, onde processos envolvendo altos quadros parecem arrastar-se indefinidamente ou não avançar.

Um exemplo frequentemente evocado por Mukuta e outros observadores é o caso do Museu da Moeda. Apesar de ser um escândalo de grande repercussão, as investigações e os avanços judiciais permanecem estagnados, gerando um sentimento de impunidade e frustração na opinião pública.

A crítica de Coque Mukuta sublinha a pressão crescente sobre o Presidente João Lourenço para demonstrar um compromisso inequívoco e imparcial na luta contra a corrupção, exigindo que a justiça atue de forma célere e equitativa, independentemente do cargo ou influência dos envolvidos. A sociedade civil e os analistas aguardam por ações concretas que possam dissipar as dúvidas sobre a real vontade política de erradicar este flagelo que afeta o desenvolvimento de Angola.

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