O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) declarou “deserto” o concurso para vender a participação do Estado na sociedade Aldeia Nova, após o prazo terminar sem qualquer candidatura.
Segundo o IGAPE, a Comissão de Negociação elaborou e o Instituto homologou o Relatório Final do Concurso. Com esta etapa encerrada, o procedimento segue agora para uma fase alternativa, prevista na lei.
De acordo com a nota do instituto, o IGAPE avançará com a comunicação formal à sociedade Aldeia Nova, notificando oficialmente os restantes accionistas sobre a intenção de venda das partes sociais detidas pelo Estado.
A notificação concede aos demais sócios da empresa o direito de preferência, ou seja, a oportunidade de adquirir as participações em questão antes que sejam oferecidas a terceiros, nas condições estabelecidas pela legislação e pelos Pactos Sociais da empresa.
De acordo com o Despacho presidencial n.º 181/25, de 21 de Julho, o Governo havia autorizado a privatização de 59% das participações detidas pelo Estado na Aldeia Nova-Waco Cungo, por concurso público, na modalidade de alienação no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV). Os 59% a privatizar correspondiam a 21% detidos pela Gesterra, 23% na posse do IGAPE e 15% pertencentes ao Instituto de Desenvolvimento Agrário.
O IGAPE não adiantou prazos concretos para esta nova fase de comunicação nem especulou sobre os motivos da falta de interesse no concurso. O processo ficará agora dependente da resposta dos accionistas privados da Aldeia Nova.
