A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vai receber 243 mil milhões de kwanzas no Orçamento Geral do Estado para 2026, 11 vezes mais que o orçamento atual, num ano que antecede as eleições gerais.
Segundo a proposta do Executivo entregue à Assembleia Nacional, as despesas com pessoal da CNE mais que duplicam, passando de 17,9 mil milhões em 2025 para 46,3 mil milhões em 2026, enquanto os gastos em bens e serviços saltam de 703 milhões para 159,5 mil milhões de kwanzas.
O histórico evidencia um padrão preocupante: em 2021, ano pré-eleitoral, a dotação foi de 22,9 mil milhões, disparando para 302,5 mil milhões em 2022, ano das eleições.
Para o Agita News, o aumento astronômico e desproporcional levanta sérias questões sobre transparência, prioridades do Estado e possível uso político do orçamento. Enquanto isso, a proposta do OGE 2026 prevê despesas e receitas de apenas 33 mil milhões, uma redução de 4,7% face ao ano anterior um contraste gritante com a dotação recorde da CNE.
“O país mergulhado em carências básicas assiste a um gasto recorde da CNE, e ninguém explica como este dinheiro será efetivamente utilizado. É um alerta vermelho para todos os angolanos”, denuncia o Agita News.
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