Camiões carregados de produtos do campo acantonados em várias províncias do País com receio de entrar em Luanda

Centenas de comerciantes que se encontram nas províncias do País dizem não encontrar outra saída senão aguardar que passe o momento de insegurança que se vive na capital, Luanda, onde nos últimos dois dias foram registados actos de vandalismo e pilhagem das lojas, na sequência da greve dos taxistas.

´Segundo apurou o Novo Jornal, nas províncias do Uíge, Zaire, Malanje, Cuanza Sul (…), Huambo e Huila, muitos comerciantes com mercadorias para entrega na capital temem entrar em Luanda, com medo de que os seus produtos sejam saqueados e os camiões vandalizados.

“Aqui no Zaire, os operadores privados e públicos suspenderam as suas operações. Temos dificuldades desde segunda-feira de chegar a Luanda com a nossa mercadoria”, disse, via telefone, ao Novo Jornal, Malungo Sebastião, um comerciante de citrinos.

Para Isaac Sebastião, que chegou esta quarta-feira, 30, a Luanda, proveniente da província do Uíge, as viaturas que aceitam trazer mercadorias para Luanda estão a cobrar muito caro.

“Todos receiam chegar a Luanda. Os que aceitam levar mercadorias e passageiros cobram por uma pessoa 20 mil Kwanzas, contra os actuais 13 mil e por um saco de 50 quilos de qualquer produto cobram seis mil Kwanzas”, lamentou, sublinhando que “caso a situação continue, será um caos”.

Por exemplo, nas províncias do Huambo, Cuanza Sul, Malanje e outras, chegaram relatos de que centenas de camiões estão acantonados nos parques, aguardando informações de Luanda.

A greve dos taxistas iniciada na segunda-feira, em Luanda, provocou bloqueios, confrontos e vandalismo.

Barricadas, pneus queimados, pilhagens e viaturas vandalizadas marcaram o início da greve dos taxistas de transportes privados.
Dados da terceira actualização da Polícia Nacional desde a paralisação dos táxis esta segunda-feira, 28, apontam que só na capital angolana já estão detidas mais de 1200 pessoas por alegado envolvimento em vandalização de bens públicos, pilhagem, arruaças, invasão à propriedade privada.

Novo Jornal

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