BASEL Fabrica detergentes com produtos expirados em Angola e escraviza trabalhadores

A Fabrica de detergentes BASEL, cujo o PCA é Hussein Khatoun o rosto da maior trafulha, na fabricante de detergente e produtos de higiene do país, sob olhar silenciosa da Inspeção, sobre as condições em que os produtos são produzidos, Trabalhadores denuncias fuga ao fisco, escravidão e salários miseráveis, abaixo de 80 mil Kwanzas, sem contratos e pagamentos nem inscrição dos mesmos na INSS.

Desde 2012 no mercado angolano, Os Libanêses,  Hussein Khatoun e seu o sócio Ali Houballah especialistas, em vendas e marketing, começaram a explorar o mercado nacional sobre a importação e distribuidor de detergentes.

Com a mão de obra barata, um salario miserável abaixo de 37 mil Kz, a margem das leis angolanas, trabalhadores sem contratos, os estrangeiros endinheirados conseguiram constituir  um império no ramo dos detergentes.

A Basel Angola produz na capital angolana, onde vive o Presidente da Republica, o Inspector Geral do IGAE, da ANIESA, os comandantes geral da Policia, os Ministros do Comercio e Industria, mas nenhuma autoridade se mexe, perante irregularidades e os trabalhadores vão morrendo com produtos tóxicos.

Ele ocupa um complexo fabril de 50 hectares no município de Viana, em Luanda, avaliado em 35 milhões de dólares, três marcas de detergentes, limpeza e higiene pessoal, líderes de mercado, nomeadamente a Madar, Ultra e a Glória,  produção de sabão em barra.

Dados em posse do Repórter Angola,  revelam que, Hussein Khatoun, co-fundador e director-geral, recorreu a um investimento de 6 milhões de dólares, que contou com o financiamento bancário pelo Estado Angolano, no âmbito do Programa de Apoio à Produção e Substituição das Exportações (PRODESI). “É um investimento menor, porque as infra-estruturas já existem. Embora, as vezes fica mais caro em termos de maquinaria, fazer ligações e conectar tudo, mas se tiver know how é ainda mais fácil, até porque nós já dominamos esta área”, justificou naltura em 2022.

Entretanto, relatos recolhidos no local, demostra uma outra realidade, quando a sua força de trabalho, o Homem que devia estar no centro das atenções, tornou-se escravo, e os sócios passaram a amar mai dinheiro, que os colaboradores próximos.

Um grupo de trabalhadores da empresa BASEL ANGOLA, que se dedica ao fabrico de diversos tipos de detergentes, como GLÓRIA, ULTRA, AMA e LAVA, situado no bairro Capalanga, município dos Munlevos, denunciam falta de aumento salarial, uniforme de biossegurança no local de trabalho, bem como aumento de ameaças sobre despedimentos quando tentam reivindicar os seus direitos.

“Trabalhamos com produtos químicos, maquinas industriais pesadas, não temos alimentação em condições, nem equipamentos de protecção solida, o salario abaixo de 80 mil Kwanzas, agora, mas já ganhávamos 45, 50, até 62 mil Kwanzas, mesmo com essa actualização que o salario básico estima-se a 100 mil Kwanzas, nós ainda ganhamos menos” revelam os funcionários ouvidos pelo Repórter Angola.

“ Somos bastante humilhados pelos nossos responsáveis lá dentro da empresa. Tentamos discutir os nossos direitos, mas eles nos humilham bastante”, contou.

Os denunciantes dizem que das tantas vezes que tentaram debater sobre as melhores condições, diante dos seus superiores, foram ameaçados com expulsões e os outros penalizados com faltas sem motivos aparentes.

“Você tenta discutir o seu direito, eles prometem te expulsar de qualquer maneira, e desafiam-te a recorrer onde quiseres. Pelo que temos visto, eles devem estar bem confiantes”, frisou Ana Maria, agastada com a situação.

Inspeção faz  vista Grossa

Cada dia que passa notamos que estamos num país onde o estrangeiro com dinheiro já não respeita a lei nem as autoridades, queremos inspeção do DIIP e SIC, porque a ANIESA e a Inspeção Geral do Trabalho e do Ministério do Comercio e Industria já estão corrompidos e viciados.

“Nós não sabemos se temos mesmo inscrição na caixa social do INSS, os agentes da Inspeção Geral de Trabalho (IGT) são coniventes, há dias que lhes vimos a inspecionar a BASEL ANGOLA, mas não procuram ouvir os funcionários” denunciam.

“Eles chegam lá, entram no escritório do chefe, não procuram falar com o funcionário, só entram, vão ter com o chefe e mais nada. Se procurassem falar com os funcionários, eles iriam ver a realidade sobre as dificuldades que os funcionários passam naquela empresa”, sublinharam.

Denunciaram também que, em alguns departamentos de produção, os trabalhadores não fazem uso de uniforme de biossegurança, muitos trabalham sem botas apropriadas, sem máscara, nem óculos de protecção.

Com 40anos de idade, Hussein Khatoun nasceu nos Estados Unidos da América. Formado em Business Management e Marketing pela Universidade Libanesa-Americana, é filho de um empresário libanês-britânico, que detém uma fábrica de plástico na Nigéria, país em que Hussein passou grande parte da sua infância.

Em 2012, lançou a primeira fábrica de detergente em pó de marca Madar, que veio a se tornar a maior e única no país até hoje. O negócio cresceu e decidiu ampliar o investimento com o lançamento de uma nova marca, Ultra, de produtos de higiene do lar, com uma gama mais alargada: detergentes em pó e líquidos para roupa, loiça, casas de banho e cozinha, que veio a consolidar a posição de líder do mercado.

Repórter Angola

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