O banco central não mostrou uma solução clara sobre o Banco Económico e argumenta que o caso do Ex-besa já é conhecido e não terá impacto na próxima avaliação que o FMI e o Banco Mundial vão fazer ao sistema financeiro nacional a pedido do BNA.
“A situação do Económico é conhecida quer pelo Banco Mundial, quer pelo FMI. O FMI tem realizado missões com frequência ao nosso País e nós temos permanentemente interagido com o FMI, por isso não haverá nenhuma surpresa relativamente à situação do Banco Económico”, disse o governador sem apontar qual será e o desfecho do banco.
Mas o Económico recebeu no ano passado uma “ajuda” do Banco Nacional de Angola (BNA) através de um empréstimo de 77,1 mil milhões Kz, equivalente a 85 milhões USD, por via de uma operação de cedência de liquidez overnight, que demonstra que o ex – BESA, que já era o maior devedor do banco central, voltou a não cumprir as suas obrigações, já que o banco central já deu como perdido cerca de 70% desse valor.
“Este mecanismo é que permite o funcionamento dos diversos subsistemas de pagamentos, em particular o subsistema do multicaixa em 24/24 horas ao dia, incluindo os finais de semana. Para permitir que o mecanismo funcione 24/24 horas, nós decidimos pela aprovação deste instrumento para que os bancos que tenham alguma dificuldade de liquidez não coloquem em perigo o normal funcionamento dos diversos subsistemas. E os bancos, para tal, constituem um colateral junto do BNA. Foi o que aconteceu com o Banco Económico. O financiamento foi concedido no âmbito do funcionamento do sistema de pagamentos de Angola e temos um colateral correspondente a este valor”, apontou.
O Económico está há vários anos com problemas de liquidez, está em falência técnica há seis anos e ainda não tem uma solução, ainda que o Expansão saiba que dentro do banco central estará a ser “cozinhado” um modelo “banco bom”, “banco mau”, à semelhança do que se fez em Portugal no banco no então BESA, o BES, que se transformou em Banco Novo.
Expansão