Access Bank Angola tem nova estrutura societária e aumentou o capital social em 13,83%

Após ter adquirido 99,20% do ex-Finibanco Angola, em 2023, tendo alterado a denominação para Access Bank Angola e, no ano seguinte, ter adquirido 60% dos britânicos no ex-Standard Chartered Bank Angola (SCBA), transferindo para o banco a referida participação, depois de receber o consentimento do Banco Nacional de Angola que autorizou a fusão, finalmente, a equipa de Ricardo Ferreira coloca à disposição do público toda informação relativamente à actividade e ao desempenho da empresa no exercício económico transacto

‎O relatório e contas de 2024, publicado recentemente pela entidade, confirma os números anteriormente avançados pelo O Telegrama sobre os custos da aquisição de 60% das acções dos britânicos no extinto Standard Chartered Bank Angola (SCBA), no valor de pouco mais de 10 milhões de dólares norte-americanos (US$ 10.100.769), o equivalente a AOA 9,7 mil milhões.

‎Agora, com a fusão autorizada pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), na segunda quinzena de Agosto de 2024, e pelo Banco Nacional de Angola, a 30 de Dezembro, a incorporação do SCBA no Access Bank Angola exigiu uma nova configuração da estrutura accionista, com os nigerianos do Access Bank Plc a reduzirem as suas acções de 99,20% para 87,14660%, e a ENSA-Seguros de Angola que, juntamente com a Investpar – Investimentos e Participações, anteriormente Grupo ENSA Investimentos e Participações, E.P., detinham 40% no SCBA, ficou diluída em 12,15071%.

‎As restantes participações ficaram distribuídas aos herdeiros do falecido ex-deputado e governador de Benguela, Dumilde Simões das Chagas Rangel (0,70266%), e a empresa estatal Investpar- Investimentos e Participações (0,00003%).

‎Antes da fusão, no exercício económico de 2023, a estrutura societária do Access era composta por apenas dois accionistas, o Access Bank Plc que detinha 99,20% das participações nas acções do banco e, Dumilde das Chagas Simões Rangel (Herdeiros) em 0,80%.

‎Com a nova composição societária e mudança na estrutura de gestão, a entidade bancária de importância não sistémica aumentou o seu capital social de AOA 15,03 mil milhões para AOA 17,11 mil milhões, uma alta de 13,83% em comparação com os dados de 2023.

‎Relativamente ao activo líquido, um dos principais indicadores financeiros, o banco apresentou um crescimento de 11,72%, saindo de AOA 157,36 mil milhões (US$ 183,83 milhões) em 2023 para 175,81 mil milhões (US$ 192,77 milhões) em 2024. O rácio de solvabilidade fixou-se em 38,6% e o produto bancário totalizou AOA 17,1 mil milhões.

‎Os fundos atingiram o montante de AOA 48,46 mil milhões (US$ 53,13 milhões), o que representa um crescimento de 30,5% face a 2023.

‎No exercício económico do ano transacto, os investimentos realizados em crédito bruto a clientes teve um aumento modesto de 0,68% para AOA 25,81 mil milhões (US$ 28,30 milhões), e em Títulos e Valores Mobiliários ascenderam 20,15% para AOA 34,05 mil milhões (US$ 37,33 milhões).

‎Ainda de acordo com o documento que descreve toda a actividade e o desempenho da empresa durante o período fiscal anual, os recursos totais de clientes foram calculados em AOA 119,89 mil milhões (US$ 131,47 milhões), um crescimento de 4,97% em relação ao ano de 2023.

‎AOA 5,71 mil milhões (US$ 6,26 milhões) é o resultado líquido reportado pela gestão de Ricardo Ferreira, apresentando uma expansão de 211%, ou seja, três vezes maior do que os números (AOA 1,84 mil milhões/US$ 2,22 milhões) reportados em 2023, ano em que o Access Bank PLC havia comprado o Finibanco Angola.

o telegrama
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