MARA QUIOSA ACUSADA DE CONTROLAR A CIMANGOLA POR VIA POLÍTICA.

O Agita News recepbeu e apurou informações graves que colocam a vice-presidente do MPLA, Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa, no centro de uma alegada interferência política directa na gestão da Cimangola, uma das empresas estra0tégicas do sector cimenteiro nacional.

Segundo dados recolhidos por este portal, a nomeação do actual Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Cimangola, Agostinho da Rocha Fernandes da Silva, não terá resultado de critérios técnicos ou de mérito, mas sim de indicação política directa de Mara Quiosa, com quem manteve uma relação hierárquica próxima quando ambos estiveram no Bengo, Cabinda e Cuanza Sul.

ADMISSÕES DIRIGIDAS E PRESSÃO POLÍTICA

Fontes internas da empresa denunciam que, desde a nomeação do actual PCA, as admissões de pessoal têm ocorrido maioritariamente por indicação, muitas delas atribuídas à vice-presidente do MPLA, violando princípios básicos de transparência, legalidade e boa governação.

As mesmas fontes alertam que gestores são pressionados a cumprir orientações externas ao conselho de administração, transformando a Cimangola num apêndice político, em detrimento do interesse público e da eficiência empresarial.

PRÁTICA RECORRENTE EM EMPRESAS DO ESTADO

O Agita News apurou ainda que esta não é uma situação isolada. Mara Quiosa é apontada como reincidente na interferência em empresas públicas e participadas do Estado, com o objectivo de garantir lugares estratégicos para pessoas da sua confiança, incluindo familiares.

Um antigo dirigente do MPLA, ouvido sob anonimato, considera que a sua ascensão à vice-presidência do partido “agravou práticas que confundem partido com Estado”, gerando desconforto interno e desgaste político.

PARTIDO ACIMA DO ESTADO?

As denúncias agora tornadas públicas levantam uma questão central e incontornável:

Quem manda na Cimangola: os seus órgãos de gestão ou a direcção partidária?

Num momento em que o discurso oficial insiste no combate ao nepotismo e na promoção da meritocracia, os factos denunciados expõem uma realidade oposta, onde a fidelidade política parece sobrepor-se ao interesse público.

Agita News

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