O Conselho de Administração da TAAG, companhia aérea nacional, prepara-se para mais uma rodada de mudanças, à medida que renúncias, substituições e investigações internas colocam em suspense o futuro da liderança da companhia aérea nacional.
Com a reestruturação da empresa e a entrada da Lufthansa no processo de privatização, a estabilidade administrativa da TAAG permanece incerta, e a próxima Assembleia Geral dos Accionistas, marcada para Dezembro, poderá definir quem permanece no comando e quem terá de deixar o cargo.
O actual PCA, Clóvis Lara Martins Rosa, poderá entregar o comando do Conselho de Administração ainda este mês, com a definição do seu sucessor a depender da aguardada Assembleia Geral que decidirá o novo rumo da TAAG, conforme a fonte do Imparcial Press.
Em 2023, o então PCA António dos Santos Domingos e o PCE Nelson Pedro Rodrigues de Oliveira foram nomeados com a missão de liderar a recuperação da TAAG.
No entanto, menos de um ano depois, o comando da presidência já havia sido passado para Clovis Lara Martins Rosa, em um ciclo que evidencia a curta duração dos mandatos e as constantes mudanças de liderança. Recentemente, um dos administradores nomeados em 2023 renunciou ao cargo, alegando “razões pessoais”, expressão recorrente no meio institucional para indicar saída sem maiores explicações.
Paralelamente, órgãos de Supervisão e Inspecção do Estado têm investigado contratos e processos internos, avaliando possíveis irregularidades e a sustentabilidade financeira da companhia.
O cenário ganha complexidade com a entrada da Lufthansa, contratada para auxiliar na reestruturação da empresa e preparar a privatização, impondo maior rigor e disciplina administrativa, um desafio para uma gestão ainda marcada por improvisos e práticas pouco estruturadas.
A primeira quinzena de Dezembro será decisiva, com a realização da Assembleia Geral dos Accionistas, onde se esperam definições sobre a continuidade dos atuais membros do Conselho de Administração e eventuais ajustes estratégicos.
Analistas do sector afirmam que a continuidade da administração actual até o fim de 2025 permanece incerta. “Na TAAG, o único padrão é a ausência de padrão.
As mudanças dependerão do humor da tutela, da avaliação dos accionistas, da profundidade das investigações e do grau de exigência da Lufthansa”, explica um especialista do sector aéreo ao Imparcial Press.
Imparcial Press
