O jornalista e analista político José Gama afirmou recentemente no MoPodcast que o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, enfrenta uma crescente dificuldade em obter defesa pública por parte dos quadros históricos do MPLA, sobretudo nas redes sociais.

Segundo Gama, enquanto na UNITA o líder Adalberto da Costa Júnior conta com defensores activos e de peso, como General Lukamba Gato, Abílio Kamalata Numa, José Samuel Chiwale, entre outras figuras marcantes , no MPLA verifica-se o oposto: os veteranos e figuras de influência do partido preferem manter silêncio sempre que o Chefe de Estado é alvo de críticas.

O jornalista recorda que, no recente episódio envolvendo o político português André Ventura, que proferiu duras críticas ao Presidente de Angola, nenhum dirigente e nenhum membro do Bureau Político saiu publicamente em defesa de João Lourenço. Quem acabou por ler o comunicado oficial de resposta foi o jornalista Ernesto Bartolomeu, pivô da Televisão Pública de Angola (TPA), e não um dirigente político do MPLA, facto que, na análise de José Gama, evidencia o isolamento comunicacional do Presidente.

Para José Gama, este cenário revela que muitos membros do Bureau Político não estão dispostos a assumir a defesa pública do líder, preferindo aguardar silenciosamente pelos desdobramentos do Congresso Ordinário que se avizinha, momento que poderá redefinir forças internas e influências dentro do partido.

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