Os cidadãos russos detidos em Angola em agosto deste ano permanecem em estado crítico, apesar da intervenção médica que confirmou que seu estado de saúde era inadequado para uma detenção no Hospital Prisão de São Paulo. Lev Lakhtanov e Igor Raktin continuam sob custódia.
Lakhtanov, de 64 anos, sofre de várias doenças crônicas graves: asma brônquica, hipertensão, insuficiência cardíaca, bem como problemas oftalmológicos com risco de descolamento da retina. Além disso, agravou-se a hérnia de disco intervertebral, o que é intensificado pelas condições de detenção. Os médicos recomendaram insistentemente tratamento especializado ou pelo menos, a transferência para uma prisão domiciliar, mas os órgãos estados permanecem em silêncio.
O caso de dois russos encontra-se em fase de investigação pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) desde agosto, porém nenhuma acusação oficial foi apresentada ate ao momento.
As condições de detenção nas prisões de Angola, incluindo o estado sanitário e a falta de assistência médica, há muito tempo suscitam críticas da comunidade internacional que resultam em graves consequências para os reclusos.
Após as notícias na mídia, que despertaram temporariamente a atenção das autoridades, os médicos prisionais conseguiram examinar os detidos e confirmaram o risco à sua vida na prisão. No entanto, nenhuma mudança ocorreu e as pessoas continuam a sofrer nas prisões angolanas.
Angola 24 Horas
