TONINHO VAN-DUNEM: O “OPERADOR SOMBRA” QUE ENTREGOU OS GENERAIS KOPELIPA E DINO NO CASO DOS EMPRÉSTIMOS DA CHINA

Segundo apurou o Agita News junto de uma fonte que pediu anonimato, António José Mendes Pereira Campos Van-Dunem, conhecido nos bastidores do poder como “Toninho”, foi a peça-chave que o atual regime utilizou para desmontar o esquema dos empréstimos chineses que levou os generais Kopelipa e Dino ao banco dos réus.

Toninho, antigo secretário do Conselho de Ministros e uma das figuras mais discretas, mas mais influentes, da estrutura governativa, teria fornecido informações cruciais sobre os fluxos financeiros, contratos e movimentações que sustentaram a aliança económica do círculo restrito de José Eduardo dos Santos.

O homem de confiança do casal presidencial
“Toninho” não é apenas um quadro sénior: é um confidente antigo da família presidencial, relação cultivada desde os tempos da Vila Alice, onde foi vizinho de João Lourenço. Hoje, opera nas sombras como emissário especial do Presidente para captar investimentos estrangeiros, sem cargo visível, sem escrutínio público, mas com acesso privilegiado aos dossiês mais sensíveis do Estado.
O bilionário invisível
Apesar da vida discreta, Van-Dunem acumulou fortuna colossal durante as décadas no aparelho do Estado. Fontes confirmam que:
– beneficiou diretamente dos empréstimos da China;
– criou diversas empresas instaladas na baixa de Luanda;
– tornou-se sócio de gigantes como Belas Shopping Park, UNITEL, GENI;
– e é apontado como o verdadeiro titular da ENAGOL – Energias de Angola, fornecedora estratégica do setor petrolífero.
Desde 1993, quando entrou para os quadros da Presidência da República, Toninho desempenhou funções que, na prática, o transformaram no equivalente a um “primeiro-ministro paralelo”, controlando dossiers, aprovando projetos e articulando interesses económicos de larga escala.

A peça que faltava no tabuleiro do poder
Agora, com Kopelipa absolvido e Dino condenado, cresce a polémica:
Por que razão o homem que carregava as chaves dos mesmos cofres e dos mesmos contratos nunca foi sequer investigado?
Dentro do sistema, a resposta é simples e perturbadora:
Toninho era, e continua a ser, o homem do Presidente.

Agita News

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