Os clientes continuam a deparar-se com dificuldades em serviços como a banca digital, caixas automáticos e transferências bancárias.
No primeiro trimestre deste ano, o Banco Nacional de Angola (BNA) registou 9 218 queixas relativas aos 20 bancos comerciais em actividade no mercado, numa média mensal de 3 072 registos, sendo que, 74% foram apresentadas por clientes do Standard Bank Angola (SBA), Banco de Fomento Angola (BFA) e Banco Angolano de Investimentos (BAI).
Segundo documento a que a Economia & Mercado acedeu, os clientes continuam a deparar-se com dificuldades em serviços como a banca digital, caixas automáticos e transferências bancárias.
O SBA foi o campeão de queixas, com 3 936 ocorrências reportadas. Apesar de contar com uma base de clientes inferior a um milhão, o banco apresentou um volume de registos superior ao de instituições de maior dimensão.
Em segundo lugar posicionou-se o BFA, registando 1 677 notificações. A instituição, que integra a categoria dos bancos sistémicos (com mais de um milhão de clientes), apresenta o pior rácio deste grupo com 48,63 ocorrências por cada 100 mil clientes.
A completar o pódio das instituições com maior número de notificações está o BAI, com 1 196 registos no período analisado.
O relatório do BNA indica que, embora o volume total de participações tenha caído 17,02% face ao trimestre anterior, mantém-se a necessidade de as instituições financeiras melhorarem a qualidade do atendimento e a robustez das plataformas digitais.
Bancos com melhores desempenhos
Algumas instituições destacaram-se pela positiva, apresentando números reduzidos de notificações. Entre os bancos de grande dimensão, o Banco Millennium Atlântico surge como o mais eficiente, com 305 registos, o que corresponde a uma taxa de 9,39 queixas por cada 100 mil clientes.
Segue-se o Banco de Poupança e Crédito (BPC) que recebeu 535 ocorrências (19,08 por 100 mil clientes) e o Banco BIC, com 717 processos de clientes (35,11 por 100 mil clientes).
Economia e Mercado