Abuso de Poder: Jornalista Escrivão José constituído Arguido pelo Cmdt Geral da Policia angolana após solicitar contraditório que nunca respondeu há 2 anos

O Comandante-Geral da Polícia Nacional de Angola, Francisco Ribas da Silva constituiu arguido o Jornalista e Director do Jornal e TV Hora H, Escrivão José, que em Fevereiro de 2024 escreveu para o Comandante solicitando um contraditório sobre envolvimento do mesmo numa alegada invasão de terras da empresa Konda Marta , em Luanda, passados 18 meses que Ribas nunca respondeu a carta do Hora H, e usando da faculdade que lhe compete ” abuso de poder. trafico de influencia e arrogância”, ordenou abertura de um processo crime contra o Jornal que apenas terá recebido a denuncia e cumpriu com todos pressupostos.

Enquanto o Presidente da Republica João Lourenço, prepara exonerações que poderá levar o actual Comandante-Geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Francisco Ribas da Silva, a regressar ao Serviço de Informação e Segurança de Estado SINSE, do qual é proveniente.

Para limpar o seu cadastro dos crimes de que é acusado de estar envolvimento na alegada invasão e pilhagem de terras pertencentes à empresa Konda Marta, onde construiu supostamente um condomínio segundo a denuncia publica da empresa. Francisco Ribas da Silva avançou com um processo-crime contra a Direcção do Jornal Hora H, após a publicação de uma matéria que o implicava no caso, enquanto exercia o cargo de Comandante Provincial da Polícia Nacional em Luanda.

A notícia, publicada por vários órgãos em 2024, é fruto de uma denuncia publica que as redações de imprensa em Angola tiveram acesso, apontava o Comandante Provincial Francisco Ribas, orientava o Ex-Cmdt Joaqui de Rosário, do Talatona, em obediência as ordens do Ministro do Interior Eugenio Laborinho e Bento Bento antigo Secretario do MPLA, todos esses eram tidos como invasores envolvido na ocupação ilegal de terrenos da empresa Konda Marta, localizada no Camama, imediações do Campus Universitário junto ao estádio 11 de novembro, em Luanda.

O Repórter Angola, sabe de uma fonte junto do SIC, que Escrivão José, Director do Jornal Hora H, e a jornalista Anna Costa, foram inicialmente constituídos como declarantes, mas constituídos arguidos, após audiência desta terça-feira 30 de Setembro, no processos nº 1095/024-02-SIC e 543/024-C-PGR, tem como queixoso o actual Comandante-Geral da Polícia Nacional.

Em declarações este jornal, Escrivão José diz ter ficado “surpreendidos com a evolução do processo. Inicialmente fomos chamados como declarantes, mas agora existe um documento oficial que já nos constitui como arguidos, antes mesmo de sermos ouvidos”, afirmou.

Segundo o responsável do jornal, antes da publicação da matéria em 2024, foi enviado um pedido de contraditório ao então Comandante Provincial Francisco Ribas, o qual nunca obteve resposta até hoje passados 18 meses. Mais tarde, já com novas informações e acusações relacionadas ao caso, o jornal voltou a contactar Ribas por via telefónica, tendo este rejeitado prestar declarações, limitando-se a afirmar.

“Não vou perder tempo para responder estas acusações, porque até já existe um mandado de detenção e todos eles serão detidos”, assegura o Jornalista que foi a resposta que recebeu do Comandante Ribas, após ter solicitado o contraditório.

Escrivão José foi ouvido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) nesta terça-feira 30 , enquanto que a jornalista Anna Costa deverá ser ouvida na próxima segunda-feira, 5 de Outubro.

O Director do Jornal Hora H reafirmou que não teme as acusações nem o processo em curso, sustentando que o jornal cumpriu com o dever de informar e com as regras da deontologia jornalística.

Escrivão diz esperarem que “ este processo não seja um ataque mortífero a liberdade de imprensa ou mesmo uma encomenda para prejudicar a Direcção do Jornal Hora H, como já anteciparam no processo que corre no Serviço de Investigação Criminal, onde já fomos constituídos arguidos”.

Francisco Ribas é acusado de invadir as terras da Empresa Konda Marta, desde o tempo em que era Comandante Provincial de Luanda, foi aliciado no negocio dos condomínio pelo comparsa antigo Comandante Joaquim de Rosário, após prisão ilegal do proprietário do espaço Tenente-Coronel Daniel Neto, tendo, segundo a matéria, agido sob ordens do então ministro do Interior, Eugénio Laborinho, conforme denunciou naltura o proprietário, Daniel Neto.

Reporterangola

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