A Surpreendente Chegada do Ativista Gangsta aos EUA: Alegações de Envolvimento da Inteligência Angolana Geram Especulação

Nova lorque – A chegada do conhecido ativista angolano Nelson Dembo, vulgo “Gangsta”, aos Estados Unidos no último sábado, 20 de setembro, desencadeou uma onda de choque e especulação nos circulos políticos dentro e fora de Angola. Previsto para liderar uma manifestação contra o Presidente João Lourenço na sede da ONU no próximo dia 29, a sua viagem, aparentemente sem entraves, levanta agora questões complexas sobre uma possivel fratura no aparelho de Estado angolano.

Fontes confidenciais próximas do processo alegam que a viagem de Gangsta, que partiu de Kinshasa para Paris antes de voar para os Estados Unidos, teria sido facilitada por uma fação dos próprios serviços de inteligência de Angola. Esta alegação, se comprovada, representaria uma reviravolta chocante, sugerindo que elementos dentro da segurança do Estado poderiam estar a trabalhar contra os interesses do governo que servem, 20 apoiar a viagem de um dos seus mais notórios opositores.

Publicamente, Nelson Dembo é visto como um adversário do governo do MPLA, tendo um histórico de organização de protestos e sendo alvo de detenções no passado. O governo angolano chegou a emitir um mandado de captura contra o ativista ha vários meses, acusando-o de liderar um movimento com o objetivo de desestabilizar o poder instituído. A sua capacidade de contornar este mandado e realizar uma viagem internacional complexa tem sido, até agora, um mistério.

A teoria de uma colaboração interna dos serviços secretos, embora não verificada por fontes públicas, oferece uma possivel explicação. Analistas sugerem que tal cenário poderia indicar profundas dissidencias dentro do regime. “A ideia de que a ‘secreta’ possa ter ajudado um ativista a sair do pais para protestar contra o Presidente parece ficção, mas em politica, especialmente em regimes com lutas de poder internas, nada é impossível”, comenta um analista politico familiarizado com a situação em Angola, que pediu anonimato. “Pode ser um sinal de que há quem queira desgastar a liderança atual a partir de dentro, usando um opositor como ferramenta.”

Oficialmente, o governo angolano não emitiu qualquer comunicado sobre a chegada de Gangsta aos EUA nem sobre as alegações de cumplicidade interna. O silêncio das autoridades apenas adensa o mistério.

Enquanto isso, a comunidade angolana nos EUA prepara-se para o protesto. A presença de Gangsta ira, sem dúvida, galvanizar o evento, mas a sua viagem ficará marcada por uma narrativa de intriga que questiona a coesão e a lealdade dentro do circulo de poder em Luanda. A manifestação do dia 29 promete não só ser um ato de protesto, mas também o climax de uma história com contornos de espionagem politica.

Makamavulo News

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