O Banco de Poupança e Crédito (BPC), sob liderança de Luzolo de Carvalho, Presidente da Comissão Executiva (PCE), encerrou o segundo trimestre com uma quebra acentuada de 72,64% no seu Resultado Antes dos Impostos (RAI) face ao mesmo período de 2024. Um dos poucos indicadores positivos foi o desempenho dos fundos próprios, a parte dos recursos que pertence efectivamente aos accionistas
O Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição bancária de capitais públicos, apresentou um desempenho financeiro substancialmente inferior no segundo trimestre do ano em curso, indicando um recuo expressivo no lucro. De acordo com o balancete da instituição, o Resultado Antes dos Impostos (RAI) situou-se em AOA 14,3 mil milhões (US$ 15,72 milhões), durante os primeiros 180 dias de 2025.
As demonstrações financeiras espelhadas no balancete indicam uma contracção de 72,64%, quando comparado ao montante de AOA 52,41 mil milhões (US$ 57,47 milhões) registados no mesmo período de 2024.
No lado do activo, a instituição registou uma redução de 19,66%, passando de AOA 2,01 biliões (US$ 2,21 mil milhões) no segundo trimestre de 2024 para AOA 1,62 biliões (US$ 1,77 mil milhões) no segundo trimestre deste ano. O recuo daquilo que a instituição possui ou tem direito a receber foi influenciado, sobretudo, pela queda nos Títulos e Valores Mobiliários, que tiveram uma participação de 36,52% na estrutura do activo, registando um declínio de 34,72% para AOA 590,92 mil milhões (US$ 647,97 milhões) no período em análise.
Caixas e Disponibilidades, uma das componentes do activo, que corresponde ao conjunto de recursos (dinheiro vivo) que o banco tem disponível para utilização imediata, recuaram 11,56% para AOA 287,6 mil milhões (315,39 milhões) na comparação homóloga. Em contrapartida, a rubrica de Créditos a Clientes apresentou ligeiro aumento de 2,64%, atingindo AOA 367,9 mil milhões (US$ 403,44 milhões) e representando 22,74% do activo total.
Sob liderança executiva de Luzolo de Carvalho, a entidade viu as obrigações que a instituição tem perante terceiros (passivo) reduzirem em 27,50% no segundo trimestre do corrente ano face ao período homólogo, totalizando AOA 1,32 biliões (US$ 1,44 mil milhões).
A queda do passivo foi fortemente influenciada pelo declínio nos empréstimos que a instituição bancária pública obteve junto dno Banco Nacional de Angola (BNA) e outras instituições de crédito, que retraíram em 78,16% para AOA 89,97 mil milhões (US$ 98,65 milhões) contra os AOA 411,93 mil milhões (US$ 451,68 milhões).
No banco que foi o quarto mais lucrativo da banca nacional em 2024, o total de fundos que os clientes depositaram ou aplicaram, que compõem 87,86% do passivo, mantiveram-se praticamente estáveis, com uma ligeira queda de 0,56%, para AOA 1,16 biliões (US$ 1,27 mil milhões).
Um dos poucos indicadores positivos foi o desempenho dos fundos próprios, a parte dos recursos que pertence efectivamente aos accionistas, depois de deduzidas todas as obrigações a terceiros, que quase duplicaram, com um aumento de 97,70%, passando de AOA 144,97 mil milhões (158,96 milhões) para AOA 286,61 mil milhões (US$ 314,23 milhões).
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