O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no País cresceu 8% para 2,3 mil milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, contra os 2,1 mil milhões de dólares registados no período homólogo, de acordo com os cálculos da revista E&M.
Os dados mais recentes do Banco Nacional de Angola (BNA) indicam que, embora as entradas de capital tenham subido 8%, as saídas continuam a pressionar a balança financeira.
Apesar de a fuga de dólares ter diminuído 16% (de 2,8 mil milhões em 2024 para 2,4 mil milhões em 2025), o saldo líquido mantém-se negativo, com -47,8 milhões de dólares.
O sector petrolífero continua a dominar os fluxos de capital, representando 89% do IDE total. No entanto, o investimento neste sector registou um ligeiro aumento de 3%, passando de 2 mil milhões para 2,1 mil milhões de dólares.
Por outro lado, o sector não-petrolífero registou um crescimento significativo de 80%, com entradas a totalizarem 239,7 milhões de dólares, contra 133,5 milhões no período anterior.
Os especialistas económicos sublinham que, se o ritmo actual se mantiver, o sector não-petrolífero poderá representar mais de 20% do IDE total até 2027. Sectores como a mineração, a agricultura e a logística destacam-se como os principais motores desta transformação estrutural.
Contudo, os analistas alertam que será essencial garantir que o aumento do investimento em sectores não-petrolíferos resulte na criação de emprego qualificado e na transferência de know-how para o País.
Economia e Mercado